Plano B

– O Plano B iniciou o seu trabalho em prol da revitalização da baixa no ano de 2006. Esta dinâmica surge em reacção ao marasmo que se apoderou da baixa portuense após as obras de recuperação do espaço público e dos grandes equipamentos culturais preconizada pela “Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura“. Como é do conhecimento geral, o input na sociedade civil, associado à falta de apoios estatais e ao desinteresse dos grandes grupos económicos não foi imediato. No entanto, o Plano B assumiu-se neste contexto como um dos espaços pioneiros no ressurgimento da Baixa como principal pólo cultural e recriativo da  área metropolitana do Porto.

-Em concreto, o Plano B instalou-se na rua Cândido dos Reis, na sombra de um dos ícones da nossa cidade, a Torre dos  Clérigos. Localiza-se num edifício/quarteirão projectado por um dos mais emblemáticos arquitectos da cidade do Porto,  o Arq. Marques da Silva, edifício esse chamado “Palácio Conde de Vizela”.

-Actualmente ocupando uma fracção constituída por dois pisos de áreas e pé-direito generosos, este espaço foi adaptado a funções  culturais e recreativas que desempenha com sucesso, sem descaracterizar o espírito comercial e burguês característico da época em que o edifício foi concebido, tornando-se num símbolo do empreendedorismo que sempre marcou a nossa cidade.  Acresce-se apenas uma infra-estrutura e organização adequada à contemporaneidade das novas funções.

-O conteúdo programático da acção cultural desenvolvida pelo Plano B estende-se a diversas áreas de actuação, incluindo concertos, peças de teatro, ciclos de cinema, exposições de fotografia, pintura, performance, conferências e os dj´s. Porém, a sua actuação não se restringe aos limites arquitectónicos do espaço, tendo igualmente promovido festivais de rua onde todas estas expressões artísticas estão igualmente representadas. Podemos dizer que contribuiu de forma inequívoca para o ressurgimento de toda esta área da cidade e que funcionou como elemento catalizador de toda a dinâmica actualmente vivida na Baixa, onde todos ficaram a ganhar, nomeadamente o comércio, os serviços e os habitantes que têm vido a aumentar  significativamente.

-Assim sendo, o Plano B sente-se preparado para iniciar um novo projecto, que representa o seu desejo de continuar a contribuir com o know-how acumulado nestes anos de funcionamento, tendo como objectivo o repovoamento mais consistente e suportado da baixa portuense, com o intuito de a recuperar económica e socialmente.

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Porto cidade Low Cost

-A cidade do Porto é reconhecidamente  conotada como uma das cidades europeias de média dimensão, mas com um custo de vida mais reduzido. Esta afirmação é baseada nos seguintes pressupostos:

1- Alojamento turístico acessível onde abundam os hóteis B&B (bead&breakfast) e os hostels de inegável qualidade;

2- Transportes urbanos modernos e intermodais, (STCP, CP, Metro, eléctrico);

3- Tranportes aéreos com destinos diversificados e a preços acessíveis, (Base operacional da Ryanair);

4- Restauração de qualidade, cafés e restaurantes emblemáticos, casas de chá de inspirações diversas, bares e clubs que acompanham as mais recentes tendências;

5- Agenda cultural extensa,  cujo espectro vai das instituições reputadas a nível internacional  (Fundação de Serralves, TNSJ), até ás inúmeras galerias de arte e associações culturais;

6- Comércio tradicional com grande expressão, oferta variada e preços competitivos.

– Todos estes items que referimos, representam um custo de vida muito inferior à realidade vigente nas cidades da mesma dimensão do Porto na Europa.

– Devemos encarar este contexto em que vivemos como uma vantagem competitiva e não como um factor desprestigiante. É nesta lógica de preços reduzidos e qualidade elevada que nos enquadramos, potencializando  e divulgando estas mais-valias para atrair novos moradores para a baixa portuense.

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Area de intervenção

– A zona de intervenção deste projecto será naturalmente a área ocupada pela Baixa portuense. Aqui o Porto é original, possui uma imagem inigualável, marcada pela monumentalidade, pelo labor de várias gerações de portuenses. Um local onde circular é um prazer, onde a mobilidade pedonal e em transportes públicos é favorecida; um local onde ainda encontramos todo o tipo de actividades económicas e culturais onde a cidade se torna cosmopolita; a nossa cidade é um cartão de visitas para onde todos os viajantes naturalmente se encaminham. Estas são apenas uma pequena parte das razões pelas quais seria lógico a Baixa ser habitada na sua plenitude. O habitar no centro da nossa urbe apenas será acompanhar o exemplo de todas as cidades vibrantes e com grande abertura para a inovação e criatividade, factores essenciais para o desenvolvimento da nossa região. Estas cidades a que nos referimos existem: chamam-se Barcelona,  Amsterdão, Florença, Praga, Londres, Copenhaga, Berlim, etc. Obviamente que nos referimos a exemplos máximos desta realidade, mas os nossos modelos têm de ser os melhores.  A riqueza do património físico do centro da nossa cidade é comparável a todas estas cidades. O Porto assume-se espontaneamente como principal cidade do noroeste peninsular e esta importância surge naturalmente pelo potencial que ela mesmo encerra.

– Aprofundadamente, a nossa zona de intervenção irá incidir sobre o que consideramos ser edificado anónimo desta área, os edificios com a  tipologia-tipo mais comum nesta zona da cidade: loja no r/c e habitação nos pisos superiores. Iremos estar atentos igualmente a possiveis mudanças de uso funcional de edifícios de escritórios  e armazéns obsoletos.

-Após a recuperação das infra-estruturas, arruamentos/ praças, iluminação, saneamento básico, redes de gás, fibra óptica, juntamente com a recuperação dos edifícios mais emblemáticos e substancial melhoria das acessibilidades (Metro, horarios da CP mais diversificados, reajustamento das linhas dos STCP), urge a recuperação do tecido habitacional em grande escala.

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Pertinência do Projecto

– Justificamos o surgimento deste projecto como uma resposta a uma série de factores entre os quais:

1– contexto de crise económica (urge optimizar recursos)

2– fraca disponibilidade  para a aquisição de habitação própria.

3– revitalização do tecido social e económico do centro da cidade.

4input de massa crítica (novos habitantes, novos hábitos) , que favorece o pequeno comércio que caracteriza a baixa, os equipamentos culturais e serviços aqui localizados.

5- redução dos movimentos pendulares trabalho/ casa , com óbvios benefícios para o ambiente, economia e qualidade de vida.

6– oferta de habitação de qualidade superior em termos de qualidade espacial e oferta de serviços disponíveis, forte compromisso com o desenho/design com o objectivo de encontrar soluções inovadoras e compatíveis com a vida moderna, áreas optimizadas às necessidades do mercado.

7– adequação das propostas existentes em termos de habitação ao público-alvo que procura habitação na baixa , nos quais incluimos os estudantes, profissionais liberais, jovens à procura da primeira habitação , numa lógica contrária à que está a ser implementada actualmente , mais focalizada nos segmentos médio/alto.

8– contributo na solução de problemas relacionados com as relações senhorios / inquilinos, estudo de soluções alternativas para esta problemática.

9– sensibilização dos grandes grupos económicos e banca , que são proprietários de grande parte do património edificado para novas abordagens e rentabilização destes mesmos edifícios, através da nossa acção.

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Mais Valias

1– Recuperação a um ritmo mais acelerado do edificado

2– repovoamento mais intensivo

3– renovação da população através de um público mais jovem e qualificado

4– disponibilização de habitação a custos controlados

5- habitar no centro da cidade potencia uma maior conexão entre os habitantes e a oferta de serviços, cultura e recreio existentes neste espaço urbano

6– aumento de segurança no centro da cidade

7– o aumento de projectos de recuperação, este tipo de abordagem potenciaria o aproveitamento da mão de obra qualificada que a cidade produz nas áreas da arquitectura, design e artes plásticas

8– incremento do turismo através da uma baixa habitada e vibrante e consequentemente mais atractiva

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Estratégia Low cost

-O conceito de habitação Low Cost  consiste no princípio de optimização de recursos , o que inclui o princípio básico da adequação da oferta à procura. Procuramos uma oferta que consiga aliar uma qualidade espacial, tipológica, de organização do espaço interior, uma criteriosa escolha de materiais e uma localização central, que facilite as deslocações e desencoraje o uso do transporte individual.

-A nossa prioridade passa por disponibilizar habitações completamente equipadas e mobiladas, disponibilizando serviços que poderão estar associados ao preço final de aluguer, caso seja do interesse do potencial morador, como internet, tv cabo, limpeza, lavandaria.

-O nosso foco incide no mercado de arrendamento, o que não inviabiliza no entanto a venda propriamente dita, ou ainda a adopção de soluções mistas , que poderão incluir habitações para venda e para aluguer. A nossa estratégia assentará numa procura exaustiva de imóveis que nos possibilitem estas soluções. Iremos focalizar as nossas atenções igualmente na tentativa de arranjar soluções atractivas para proprietários de edifícios sem possibilidades económicas de os recuperarem, propondo soluções alternativas que lhes possibilitem retirar mais-valias dos mesmos ao invés de assistirem impotentes à degradação do seu património.

– Um princípio essencial na lógica Low Cost, é o de providenciar um produto com procura, a custos controlados e é esse compromisso que procuramos.

-Espaços mistos de trabalho / Habitação

– Escritórios/ ateliers para uso individual e Coworking

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